quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Final de novela sempre tem um crime por trás


Esta coluna sempre teve por norma não adiantar final de novela e não tem a menor consideração com quem faz. Todo e qualquer autor, antes de colocar o seu trabalho no ar, fica um ano, chutando baixo, ou mais que isso pensando nele. É uma operação longa. Tem a obrigação de encontrar história para mais de 50 personagens e desenvolver tudo isso em 180 ou 200 capítulos. Arma os seus mistérios e busca o melhor encerramento possível.

De outra parte, também é necessário ver o lado do telespectador que, depois de ficar de seis a oito meses sentado na frente da televisão, acaba sabendo por vias diferentes o desfecho da sua novela preferida.

Isso de gravar finais alternativos é bobagem e nem deveria existir, se o vazamento de informações não partisse de dentro das próprias emissoras. Algo de muito tempo, que não é feito de graça ou no amor, mas que ninguém deu um jeito até agora. É caso de polícia.

"Passione", da Globo, está chegando aos seus últimos capítulos. Fatalmente duas ou três semanas antes tudo será divulgado sobre o seu fim. Nada mais frustrante.

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